quinta-feira, 29 de setembro de 2011

NO CORPO DUM VAGALUME


A morte é bruxa aporreada
Passarinheira e ventena
Chega mansa sem alarde
E peala a gente sem pena.

... Se esconde atrás da macega
E ali fica de prontidão
E quando o paisano cruza
Enfia o laço nas mãos!

Quando eu deixar esta pampa
Por certo muitos dirão
Que eu cansei de andar na terra
E me fui pra baixo do chão!

Mucjhachada que me estima
Façam pra mim um favor
Me enterrem na costa do mato
Na beira do corredor...

Do corredor verei as tropas
E na culatra ou no fiador
Um gaúcho abrindo o peito
Sacudindo o tirador!

Depois que eu deixar o mundo
Voltareide vez em quando
No grito macho e pachola
Dum índio que vem domando!

Talvez Deus que tudo sabe
Me transforme em quero-quero
Pra cuidar da nossa pátria
E desta pampa que eu venero!

QUANDO NAS NOITES SEM LUA
UMA LUZ BRILHAR NO TAPUME
SEREI PISDCANDO OS OLHOS
NO CORPO DUM VAGALUME!!!

*Trecho de NO CORPO DUM VAGALUME gravada por PEDRO JÚNIOR DA FONTOURA no novo CD DUPLO de João Sampaio e também musicada por OSCAR DOS REIS.
"Chamo lirismo o estado do homem que consente em se deixar vencer por Deus" ANDRÉ GIDE.

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