sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PARA UM ÍNDIO


Peço licença senhores
O assunto é triste demais
Relatar sem iniciais
... Isso cabe aos payadores
Sem dar nem pedir favores
Para hastearem a verdade
Pois ao pintar a realidade
No altar de algum galpão
Se abre todo o coração
Para entrar na eternidade.

Nos anais xucros da História
Há de ficar meu pensamento
Cheio de luz dos momentos
Imperecíveis de glória
Retraçando a trajetória
Do passado e do presente
Por isso eu canto reverente
Neste galpão enfumaçado
O velho chão colorado
E as coisas da minha gente!

Neste rincão onde estou
Sob o teto dos pinhais
Sinto eflúvios ancestrais
De um tempo que não passou
Hordas do meu tetravô
Como pedindo um retruco
Estampidos de trabucos
Com ameríndia coragem
Fugindo da vasalagem
De gringos e mamelucos.

Que será que sentes tu?
Nessas festanças burlescas
Palhaçadas gauchescas
De gauchescos xirus
Igual a bando de ÑANDÚS
Correndo de alma convulsa
O coração da terra pulsa
Nossos valores indianos
E esses fiascos CETEGEANOS
Hão de causar-te repulsa!!!

*Tema de JOÃO SAMPAIO & NOEL GUARANY musicado por EDILBERTO BERGAMO e gravado por LISANDRO AMARAL.
"Os que encontram significados perversos nas coisas belas,são corruptos sem serem agradáveis. E isso é um defeito." OSCAR WILDE.

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